Quando a próstata cresce de forma benigna, é possível tratá-la com um procedimento chamado Enucleação. Existem duas formas de fazer isso: usando um laser de holmium (HOLEP) ou plasma (Bipolep). A boa notícia é que essa cirurgia é minimamente invasiva, o que significa que a recuperação é rápida e o tempo no hospital é bem curto.
O procedimento é feito com o paciente sob anestesia, garantindo que ele não sinta dor e fique confortável. Com um aparelho especial, o médico entra pela uretra (o canal da urina) até chegar à próstata. Lá, o tecido crescido é separado da parte externa da próstata, chamada cápsula. O laser é usado para fazer essa separação de maneira muito eficiente, com pouco sangramento, e criando uma abertura ampla no canal da urina. Isso permite que o paciente volte a urinar normalmente.
Tenho muita experiência com essa técnica e já ajudei muitos pacientes. Fui um dos primeiros urologistas a fazer cirurgias de enucleação com plasma no Brasil. Além de realizar essas cirurgias, também ensino outros médicos a fazerem o procedimento, seja em eventos demonstrativos ou como mentor de cirurgiões que querem aprender. Atualmente, faço tanto a cirurgia com laser quanto com plasma, mas percebo um crescente interesse na técnica a laser, devido aos seus benefícios e resultados consistentes.
Agende sua consulta e tire suas dúvidas com o Dr. Gustavo Toniazzo.
Não. A cirurgia realizada para tratar o crescimento benigno da próstata não apresenta risco desse tipo de complicação. Como é feita por dentro da uretra, não há chance de lesionar o nervo responsável pela ereção, localizado na parte externa da próstata.
Sim. No fim da cirurgia, coloca-se uma sonda uretral que tem a função de lavar a bexiga e impedir que resquícios de sangramento possam formar coágulos que obstruam a bexiga. Essa sonda fica, em média, por 24 horas e é retirada antes da alta hospitalar.
É comum que o paciente sinta um leve desconforto urinário nos primeiros dias, mas isso melhora progressivamente e responde muito bem ao uso de medicações analgésicas.
Uma melhora substancial já é evidente nas primeiras micções. Porém, o processo de cicatrização é lento e gradual, e o benefício máximo da cirurgia pode levar algumas semanas para ser alcançado.
Sim. O sangramento urinário no pós-operatório é bastante leve e comum, e pode ocorrer eventualmente por algumas semanas.
Após a cirurgia, o líquido seminal, em vez de ser expelido pela uretra como antes, volta para a bexiga e depois sai na micção. Essa alteração não interfere na qualidade do orgasmo.
É fundamental manter os métodos de prevenção de gravidez por 3 meses ou até aproximadamente 25 ejaculações depois da cirurgia. Após esse período, um exame de espermograma será realizado para confirmar a esterilização.
Embora a vasectomia seja considerada permanente, existem procedimentos que podem reverter a cirurgia, chamados de vasovasostomia. No entanto, a reversão não é garantida e as chances de sucesso diminuem com o tempo. Portanto, é essencial refletir bem antes de decidir pela vasectomia.